Como e quando comecei a escrever

A escrita faz parte da minha vida há muito tempo, antes mesmo de eu perceber. Quer saber como tudo começou? Então, vem comigo que eu te conto.

7/8/20252 min read

Escrever… sempre foi uma das coisas que mais amei fazer.

Quando criei um blog, em 2020, com a intenção de dividir minhas experiências, não imaginava o retorno que teria. As pessoas se conectaram com meus relatos, se sentiram tocadas pela emoção depositada em cada palavra.

Meu marido sempre brincou comigo, dizendo que eu sou a "Mulher de Letras".
Comecei a refletir de onde vinha esse amor pela escrita. De onde surgiu essa necessidade de compartilhar vivências e ideias. Nesse processo, vieram muitas lembranças.


Escrever para sobreviver

Na adolescência fase de descobertas, dúvidas e turbulências encontrei um refúgio silencioso que nem sabia o nome: a escrita terapêutica.
Sem ninguém me orientar, sem ter lido sobre isso em lugar algum, eu simplesmente escrevia no papel. Escrevia os meus sentimentos, o que doía, o que confundia. E guardava.
Anos depois, ao reler, eu percebia o quanto tinha amadurecido. Via as dores superadas, os aprendizados conquistados. Escrever me mostrava quem eu estava me tornando.

Até hoje, quando algo me incomoda ou machuca, eu escrevo. Traz alívio!

Talvez essa prática tenha me ajudado a escrever melhor.

Acredito que sim!

Sempre amei ler também e, de alguma forma, uma coisa levou à outra.



Professores que marcaram

Outra lembrança que eu carrego com carinho vem da época do ensino fundamental. Tive uma professora de português que, às segundas-feiras, começava a aula com uma atividade chamada "O Livro da Vida". Alguns alunos, escolhidos por ela, contavam como havia sido o fim de semana. O objetivo era desenvolver nossa oratória e dava resultado, pelo menos pra mim.

Lembro bem quando ela nos ensinava a criar frases mais claras, evitando a repetição do “aí”, “entendeu”, “né”.

Com ela, aprendi que a forma de contar importa. Que falar bem é tão importante quanto escrever bem. E esse ensinamento ficou guardadinho comigo apesar de, na época, achar engraçado e até ter certa resistência em contar o meu fim de semana.

Mais tarde, já na fase adulta, tive um excelente professor de português no cursinho que me lapidou na gramática. Com ele, escrever ficou ainda mais fácil e prazeroso.


Escrever sobre os sentimentos

Algum tempo depois, fui para a Escola de Especialistas da Aeronáutica. Longe do meu marido meu noivo na época — e da minha família, eu tinha o hábito de escrever sobre os nossos finais de semana e sobre os sentimentos que me atravessavam naquele lugar. Era meu modo de lidar com a saudade, com os desafios que eram muitos.

Quando minha vozinha faleceu, ainda nesse período, foi escrevendo que encontrei algum consolo, um jeito de respirar. Era dor demais para sentir sem a família, sozinha. O papel e a caneta foram meus grandes amigos que permitiram o sofrimento sair do meu coração.


A escrita como refúgio

Escrever me fez — e ainda me faz — sobreviver nesse mundo louco.
Transmuto dores, dúvidas e descobertas em palavras escritas e em qualquer papel. Ao escrever, deixo dentro de mim apenas o que agrega, o que me cura, o que me fortalece.

Se eu pudesse te dar um conselho, seria este: ESCREVA!
Escreva no papel. Com a mão, com presença, com intenção.
Tenha essa experiência e veja a sua escrita se transformar assim como o seu coração.